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- Christine Marie C.Poletto
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- Advogada, formada em Direito pela Faculdade de Direito de Joinville/Associação Catarinense de Ensino, na cidade de Joinville, Santa Catarina. Inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de Santa Catarina, sob o n. 43465. Pós graduada em Direito Processual Civil pela Faculdade Damásio, com título de especialista em Direito Processual Civil (Lato sensu). Pós graduanda em Direito negocial e imobiliário pela Escola Brasileira de Direito - EBRADI. Atua como advogada na área cível em geral e presta serviços de consultoria jurídica para pessoas físicas e jurídicas dos mais diversos ramos de atividades.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Beijando o Sapo - Gangaji
Intensivo em San Diego, Califórnia. - 9 de fevereiro de 2002, à tarde.
(Neste diálogo, as respostas de Gangaji estão em negrito)
Oi.
Oi. Quero lhe perguntar sobre uma experiência que tive. Há momentos em que tenho a experiência de uma imensidão que simplesmente não tem limites e, realmente, não tem nada a ver comigo...
Ah! Espere um momento. Vamos devagar. Que declaração! Ser capaz de fazer uma declaração como esta é algo muito bonito. E saber, reconhecer, que "realmente, não tem nada a ver comigo."
Meu sofrimento geralmente aparece quando vivencio uma personalidade que tem muitos problemas.
Personalidade significa problemas. É uma palavra-código para problemas. Até mesmo personalidades encantadoras.
Mas o que faço com a personalidade?
Que tal se não fizer nada com a personalidade?
Ela simplesmente vai continuar sendo infeliz.
Creio que você jamais deixou de "fazer algo" com a personalidade. Acho que você lutou contra a personalidade, mudou a personalidade, jurou que nunca teria aquela personalidade, experimentou outras personalidades, adaptou a personalidade, ou tentou disfarçar a personalidade. Não fazer nada com a personalidade é ter um encontro real com o que está motivando e controlando a personalidade. No momento em que estávamos falando, era um medo enorme. Para todo mundo, geralmente, em algum momento, é o medo: um medo enorme, um medo divino. Se, neste momento, você não fizer nada com a sua personalidade; se você não a consertar, não a negar, não cair no sono e ignorá-la, não ceder a ela, não contar alguma história a si mesma sobre ela, o que acontece?
Ela desaparece.
Que mistério!
Mas o que é isso? É aí que preciso de ajuda.
Quando ela está presente é quando você não tem que fazer nada. Quando ela desaparecer, faça tudo que você quiser. Isso é tão sutil, mas se for dito um pouco mais explicitamente, torna-se um dogma. E esse não é o objetivo. Senão, teremos "Eu não faço nada", "Eu não sou nada, você também?"
Há um poema sobre isso. É mais ou menos assim: "Eu não sou nada, você também? Mas não conte a ninguém, porque vão querer formar um clube dos nadas."
Sim. Há um segredo escondido em seu coração, que sabe que não é absolutamente nada. E estamos em uma época na qual, de alguma maneira, pode-se falar disso em público.
(O grupo exclama: "Viva!")
Viva! É uma celebração. Então, os hábitos da personalidade que aparecem no tempo e desaparecem no tempo, são reconhecidos como o que são realmente: insetos. Você pode ver a luz através da nuvem de insetos; você não pega a espingarda e tenta eliminá-los. Isso não funciona. E, se tentar, você será uma destas pessoas que carregam uma espingarda. E o que vamos fazer com você? É possível simplesmente ficar quieto. Na quietude, o que está debaixo da personalidade e o desejo de mudar a personalidade se encontram. Você tem consciência disso?
Sim.
Que foi?
Há uma repulsa, uma aversão a essa personalidade.
Sim, é um certo ódio, não é? Você está disposta a simplesmente deixar a sua consciência penetrar o ódio e senti-lo totalmente? Você está disposta a sentir o ódio sem contar uma história sobre ele? Este é o desafio. A história do autodesprezo é conhecida; em vez disso, mergulhe a sua consciência completamente no autodesprezo pré-verbal, sem lutar contra ele. E, se estiver lutando, pare de lutar e simplesmente deixe sua consciência afundar mais profundamente nesta repulsa.
Há uma convicção de que eu sou má.
Este é um "insight" que surgiu da exploração. Isso é bom, mas estou mais interessada na experiência direta da própria repulsa. Então, digamos que você é má, que esta convicção está correta. Você é má e isso é repulsivo. O que significa isso quando é acolhido? Não consertado, mas acolhido. O que você está sentindo?
Não tenho certeza.
O que você está sentindo, sem contar uma história? Simplesmente diga a verdade: neste momento, o que está aqui?
Apenas um bloqueio…
Isto é uma teoria.
Não sei.
A repulsa está presente? Antes você soube imediatamente quando ela estava presente. Não teve de questioná-la. Agora você pode criá-la novamente. Há um forte apego a este autodesprezo como identidade.
Sim, sim.
"Isto é realmente o âmago do meu ser, isto é o que tem que mudar para esta expansão ilimitada, que não tem nada a ver comigo, ficar permanentemente na minha vida." Estou dizendo que, se simplesmente penetrar neste âmago e sentir a repulsa completamente, você descobrirá que no âmago da repulsa está a expansão ilimitada e perfeita. A repulsa se transforma imediatamente em expansão. Mas isto exige a sua disposição, a sua vontade de conhecê-la completamente. É como beijar o sapo. Você sabe que, para uma jovem princesa, um sapo é uma coisa asquerosa. Mas este é o requisito. Você conhece a história? Você é a jovem princesa. E nós estamos conversando sobre o sapo que vive dentro de você, que é o seu Ser Amado perfeito, mas que lhe parece tão nojento. Portanto, a sua velha e sábia fada-madrinha está lhe dizendo para entrar e beijar o sapo. Você chegou bem perto; na verdade, por um momento, você nem conseguiu achar o sapo e, então, começou a fazer o que você faz, subconsciente ou conscientemente, para criar a "sapice", o caráter reptílico, a repugnância, o lamaçal e a feiúra. Perfeito. Isto é o que está esperando pelo seu abraço. Isso é o que tem que ser libertado. O ilimitado, a verdade de quem que você é, já é livre. A "sapice" está aparecendo em você para ser libertada, e o seu beijo a libertará. Não a sua rejeição, nem a sua agressão. Você já tentou isto e ela não larga você, porque ela precisa de você para se libertar. O que é que há, o que você está sentindo? Está certo, isso é bom; isso é muito bonito.
(Soluçando.) É muito bonito. Obrigada.
São boas novas, não? Sim, boas novas. Não é a sua beleza que precisa ser libertada; é a sua feiúra, que você mantém escondida. Aquilo que não pode ser exposto. Um simples beijo que é um reconhecimento, um encontro; que é, no mínimo, uma ausência de rejeição. Apenas um "Tudo bem, você está aí, então entre." Muito bom, obrigada por vir aqui falar comigo."
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O nome dela é Tula (de Israel), uma das vozes mais lindas q já ouvi.
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