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- Christine Marie C.Poletto
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- Advogada, formada em Direito pela Faculdade de Direito de Joinville/Associação Catarinense de Ensino, na cidade de Joinville, Santa Catarina. Inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de Santa Catarina, sob o n. 43465. Pós graduada em Direito Processual Civil pela Faculdade Damásio, com título de especialista em Direito Processual Civil (Lato sensu). Pós graduanda em Direito negocial e imobiliário pela Escola Brasileira de Direito - EBRADI. Atua como advogada na área cível em geral e presta serviços de consultoria jurídica para pessoas físicas e jurídicas dos mais diversos ramos de atividades.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Baile de Máscaras - by Marcelo Ferrari
Acendem-se as luzes. De novo, um novo dia. No palco, o mesmo planeta de sempre. A peça em cartaz também é a mesma: o baile de máscaras. Os atores… Trimmmmm! Não dá mais tempo, já vai começar. Toca o despertador e o homem com máscara de empresário sai pela rua com os vidros do carro fechados. Seu sistema imunológico metaboliza títulos em ordem alfabética. A mão com máscara de coitada bate na janela, mas o chofer com máscara de fiel diz que hoje não. O farol abre. Na esquina, o velho com máscara de síndico conversa com a senhora com máscara de lamento. Ela recita seu texto chorosa e tranqüilamente, enquanto o velho com máscara de síndico balança a cabeça sem talento algum. Na farmácia, alguém com máscara de farmacêutico atende o rapaz com máscara de doente. O cliente se irrita com o preço do calmante. Atravessa a rua e vai comprar cigarros na padaria do senhor que não queria fazer o papel de padeiro. Lá, muitos mascarados passam em rodízio; alguns por costume, outros por vício. Na hora do almoço, entra em cena o rapaz com máscara de garçom. Seu papel é servir o pernil com máscara de saboroso ao homem casado com a mulher com máscara de indiferente. Seus filhos, adolescentes, usam máscaras de quem não tem máscara. As luzes vão caindo pela ribalta. Os mascarados disfarçam as curvas indesejáveis, retocam a idade com massa cosmética, e saem pelas sobras da noite, peregrinando de bar em bar, comprando gargalhadas com gotas de álcool. Crentes de que são autênticos, chegam ao clímax de quatro, inventando significados enciclopédicos pra palavra “amor”. Depois engolem as páginas junto com comprimidos. Do outro lado do balcão, alguém revela a verdade absoluta num longo arroto. De tão distorcido, soa natural. O som se propaga pelo salão-bar-de-beleza feito telefone-sem-fio, ampliando-se copo a copo. Por fim, o mundo alcança o seu limite. Não há mais como suportar a pressão de viver pisando em ovos. O sol chega inevitavelmente. Os mascarados, então, voltam pelas ruas tentando arrancar o que já virou pele. Alguns desfalecem pelo caminho e resolvem dormir pra sempre nas praças. Outros, persistentes, chegam até suas casas e, de pijamas, sonham como seria dormir nus.
"Eis o admita-se: É preciso identificar pra poder se des-identificar. Ou seja, é preciso sentir na pele espiritual a experiência humana, pra com isto poder se reconhecer espirito sentindo na pele a experiência humana. Gosto de psicologia, mas entendo que desconsidera o zero, ou seja, o espírito. Dai vira um tiro no pé. Pois uma coisa é mergulhar na humanidade lúcido de que a experiência humana está contida (dentro) de nós. Outra coisa é mergulhar na humanidade acreditando que nós estamos contidos dentro dela. Eis a diferença entre o louco e o sábio. O louco se afoga no mesmo baile de máscaras que o sábio flutua". (by Marcelo Ferrari)
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"A iluminação acontece quando acontece: não podemos ordená-la, não podemos provocá-la... ... Ela vem quando vem. O que quer que façamos pode apenas preparar-nos para recebê-la, para perceber quando ela chega, para reconhecê-la quando se manifesta." Osho

"Primeiro Seja - Relacionar-se é uma das maiores coisas da vida: é amar, compartilhar. Para amar é preciso transbordar de amor e para compartilhar é preciso ter (amor). Quem se relaciona respeita e não possui. A liberdade do outro não é invadida, ele permanece independente. Possuir é destruir todas as possibilidades de se relacionar. Relacionar é um processo. Relacionamento é diferente de relacionar-se: é completo, fixo, morto. Antes devemos nos relacionar conosco mesmos e escutar o coração para a vida ir além do intelecto, da lógica, da dialética e das discriminações. É bom evitar substantivos e enfatizar os verbos. A vida é feita de verbos: amar, cantar, dançar, relacionar, viver." Osho
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