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- Christine Marie C.Poletto
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- Advogada, formada em Direito pela Faculdade de Direito de Joinville/Associação Catarinense de Ensino, na cidade de Joinville, Santa Catarina. Inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de Santa Catarina, sob o n. 43465. Pós graduada em Direito Processual Civil pela Faculdade Damásio, com título de especialista em Direito Processual Civil (Lato sensu). Pós graduanda em Direito negocial e imobiliário pela Escola Brasileira de Direito - EBRADI. Atua como advogada na área cível em geral e presta serviços de consultoria jurídica para pessoas físicas e jurídicas dos mais diversos ramos de atividades.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
A "morte" de Sócrates - Osho
SÓCRATES ESTAVA a ponto de morrer. aproximavam-se os últimos momentos: já
estavam preparando o veneno para matá-lo. Ele perguntava uma e outra vez:
-Faz-se tarde, quando terminarão de preparar o veneno? Seus amigos choravam
e lhe diziam:
-Está louco? Queremos que vivas um pouco mais. subornamos ao que tem que
preparar o veneno: persuadimo-lo para que trabalhe devagar.
Sócrates saiu e disse ao que preparava o veneno:
-Está demorando muito. Parece que não sabe fazê-lo. É novo no ofício? Alguma
vez tinha preparado veneno? Alguma vez tinha administrado veneno a um condenado?
-Levo administrando veneno toda minha vida –disse o homem-, mas nunca tinha
visto um louco como você. por que tem tanta pressa? Estou-o preparando devagar para
que possa respirar um pouco mais, para que vivas um pouco mais, para que conserve a
vida um pouco mais. E você não deixa de dizer loucuras, de dizer que se faz tarde. por
que tem tanta pressa por morrer?
Tenho muita pressa porque quero ver a morte –disse Sócrates- Quero ver como é
a morte. E também quero ver, mesmo que se tenha produzido a morte, se eu sobreviver
ou não. Se não sobreviver, acabou-se toda a questão; e se sobreviver, então se acabou
a morte. Em realidade, quero ver quem morrerá com a morte: morrerá a morte, ou
morrerei eu? Quero ver se sobreviverá a morte ou se serei eu o que sobreviva. Mas
como poderei ver isto se não ser estando vivo?
Entregaram ao Sócrates o veneno. Seus amigos começaram a chorar por ele: não
estavam em seu são julgamento. E que fazia Sócrates? Dizia-lhes:
-O veneno chegou aos joelhos. Tenho as pernas completamente mortas até os
joelhos: se me cortassem isso, não me inteiraria. Mas, meus amigos, direi-lhes que
embora tenha mortas as pernas sigo vivo. Isto significa que uma coisa é segura: eu não
era minhas pernas. Sigo aqui; estou aqui completamente. Nada em mim se há disolvido
ainda. Agora perdi as duas pernas –seguiu dizendo Sócrates-; tudo terminou até minhas
pantorrilhas. Se me cortassem as pernas pelas pantorrilhas não sentiria nada. Mas eu
sigo aqui! E aqui estão meus amigos, que seguem chorando!
-Não chorem –diz Sócrates- Olhem! Hei aqui uma oportunidade para vós: um
homem se está morrendo e lhes está informando que segue vivo. Podem me cortar as
pernas inteiras, e nem sequer assim estarei morto; mesmo assim seguirei aqui.
Também me estão insensibilizando as mãos; minhas mãos também morrerão. Ah!
Quantas vezes me identifiquei com estas mãos, com estas mesmas mãos que agora me
estão deixando! Mas eu sigo aqui.
E Sócrates segue falando assim enquanto morre.
-Lentamente, tudo se pacifica –diz-; tudo se afunda, mas eu sigo intacto. dentro
de um momento possivelmente não seja capaz de seguir lhes informando, mas não criam
por isso que já não estou. Pois se eu estiver aqui depois de perder tanto de meu corpo,
como poderia me chegar o fim por perder um pouco mais do corpo? Possivelmente não
seja capaz de lhes informar (pois isso só é possível através do corpo), mas eu
permanecerei.
No último momento, diz:
-Agora, possivelmente lhes digo o último: falha-me a língua. Não poderei lhes
dizer uma só palavra mais, mas ainda lhes digo que existo.
Até o último momento da morte seguiu dizendo: “Sigo vivo”.
Do livro Aqui e Agora - Osho
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O nome dela é Tula (de Israel), uma das vozes mais lindas q já ouvi.
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